PEQUENÍSSIMOS
Quando mal era estudante de biologia, no meu primeiro semestre de graduação, assisti a uma palestra em um encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que mudou a minha forma de enxergar a vida. O palestrante, em 1996, que infelizmente não lembro o nome, tinha uma enorme fotografia de uma pequena parte universo. Através dela, contextualizou um ser humano, dentre bilhões de seres humanos, no planeta, dentre trilhões de planetas, na galáxia, dentre bilhões de galáxias, no universo. Dali em diante, claro, comecei a ter aquela incômoda sensação de que, provavelmente, não estaríamos sós no universo e - mais ainda - que a nossa existência aqui seria algo quase irrelevante num contexto mais amplo, ainda que não nos eximisse de fazer o melhor que pudéssemos. Pautei minha vida por esses princípios. A saber, apenas por curiosidade, a Via-Láctea é uma galáxia – que por sua vez é um amplo conjunto de estrelas, incluindo uma grande variedade de gases e poeiras astrais – n