Entre criaturas amar

No final das contas, tudo é questão de afeto. Como eu te afeto. Como tu me afetas. Como cada coisa que fazemos ou dizemos cria uma cadeia de afetos. Ao afetar, nos movemos, movemos ao outro, mesmo causando incômodo. A falta de afeto paralisa. Aprendemos com afeto e só ensinamos com ele. Se eu te afeto é porque me importo. Porque me afeta que não te movas. Quero que reaja a mim. Assim podemos andar juntos.

1. nada custa menos de 3 ou 4 reais no supermercado; 2. nunca se gasta menos de R$ 50,00, mesmo se a gente só for comprar "um pão"; 3. as pessoas estão comprando menos e só as filas do caixa para cestinha são grandes. 4. a crise tá f... mas tem um lado bom que é repensar e reduzir o consumo. Estamos gerando menos lixo e consumindo com mais consciência (se não ambiental, pelo menos econômica - o que acaba refletindo positivamente no Planeta). 6. muitas empresas estão adaptando os seus produtos a esse consumo, criando embalagens "econômicas" e outro relacionamento com o consumidor; 7. muitas pessoas estão optando por comer comidas "de verdade", procurando pequenos comércios, feiras e nunca antes a economia solidária e as trocas foram tão importantes; Estamos aprendendo e nos adaptando. Isso nós seres humanos fazemos realmente bem. O ruim é que assim que a crise passar, a gente esquece a lição e volta a consumir como antes, desperdiçar como sempre, ge

Acredito no amor, no sentido mais amplo e ilimitado. Acredito na reciprocidade e em enxergar as pessoas como indivíduos únicos, ricos e complexos. Cada alma carece de algo e por isso estamos sempre buscando. Somos todos carentes. Procuramos o que nos falta. Doamos o que sobra em nós. Caridade não é nada se não estivermos realmente dispostos a enxergar o outro com o seu olhar. Caridade é pouco se não pudermos doar um tanto de nós. Doar e estar aberto a receber. Ensinar e estar  aberto a aprender. Mais do que nunca, hoje, acredito que um abraço muito apertado pode devolver um pouco do que alguém perdeu quando mais precisava. Um abraço restaura, aos poucos, a noção de que estamos, de fato, aqui. Se alguém nos abraça conseguimos sentir nosso contorno, as batidas dos corações, a pressão calma e o calor de um outro corpo que se expõe para dizer: nós existimos, fique aqui.

Fiquei sabendo pelos meus filhos hoje que domingo é dia das mães. Nem preciso usar o clichê que todo dia é dia da mãe, porque, obviamente, é! Mas de qualquer maneira, é sempre bom que se lembre que presente de verdade é poder ter os filhos por perto e com saúde. É poder abraçar, beijar e fazer sarar os machucados. É ser quem eles chamam quando caem. É receber elogio pelo arroz com feijão. É ver os  filhos dormindo em casa, quentinhos e seguros. É receber a primeira cartinha cheia de letras estranhas e que juntas querem dizer eu te amo. Aliás, presente mesmo é ouvir "eu te amo" e poder dizer um "eu também te amo" que chega a doer o coração. Presente mesmo é olhar os filhos dormindo. É se reconhecer. É chorar na apresentação de fim de ano. É não acreditar que aquele sapato não serve mais. É também levantar 10 vezes a noite, capotar na cama, achar maravilhoso ter 10 minutos sozinha no banho e ter companhia no banheiro. Presente é aprender a ter paciência. É descobrir q