A PRESSA DE DEZEMBRO

Coisa mais engraçada essa sensação de fim de ano. Parece que já acabou e ainda tem tanto por fazer.
Apresentação da escola dos filhos, apresentação de ballet e patinação da filha, fechamento das notas das crianças, milhares de afazeres no trabalho (muitas que você já deveria ter terminado). Tudo tem data e hora. E você ainda tem as tarefas domésticas, organizar o natal, a virada do ano, fazer a rematrícula dos pequenos e mais tantas coisas aleatórias . Dezembro é interminável.

Depois que ele passa, dá um alívio. A virada do ano é um marco. É só o ano que muda, mas a gente já se sente melhor, mais renovada. Um dia, uma noite e é o suficiente para você entrar no clima do ano que vem.

Enfim, é janeiro e você tem muito tempo agora! Desmancha a decoração de natal, inventa o que fazer com a criançada em férias, começa a ver material escolar, renova a lista de afazeres e se dá um novo prazo para as tarefas inacabadas do ano anterior.  Se der sorte, tira férias e faz uma viagem em família.

Até fevereiro, às vezes até março, tudo anda devagar. Em casa, no trabalho... E aí você enjoa! Já é hora de entrar no ritmo, mas não antes do carnaval. Não pra você, claro, que detesta o carnaval de atualmente (que saudade dos bailinhos e das marchinhas).

Em abril, as coisas parecem começar e vão aumentando o ritmo e a intensidade. Até chegar o inverno você terá muito o que fazer.

Uma leve melancolia a invade lá por junho. Uma sensação de meio de ano. Você faz um rápido balanço e chega a conclusão que não dará tempo, então acelera.

Lá por outubro, você já está cansada, torcendo pro tempo passar e chegar logo novembro, quando, definitivamente, se anuncia o fim do ano. Bolas e luzes de natal para todo lado não te deixam esquecer, logo será dezembro.

E assim, em poucas linhas, mudamos de ano novamente.

Quando a gente cresce, se dá conta que o tempo passa muito depressa.

Melhor seria não apressar o dezembro...




Texto: Mariana Faria Corrêa

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DIA A DIA, LADO A LADO

POESIA DE GAVETA